domingo, 30 de setembro de 2012

SIEDUCA 2012


Nos dias 04,05 e 06 de Julho as petianas Danieli Dias, Franciele Noda e Vanessa Rocha participaram do XVII Seminário Internacional de Educação – SIEduca, realizado na Universidade Luterana do Brasil – ULBRA – Cachoeira do Sul.
A temática do SIEduca este ano foi “O que o Ensino Precisa Saber sobre a Aprendizagem”. Esse Seminário tem como objetivopromover a formação continuada e qualificação dos profissionais da educação, oportunizando a discussão de temáticas emergentes, por intermédio de espaços privilegiados de ação-reflexão, intercâmbio e divulgação de estudos e pesquisas desenvolvidos. O evento tem desempenhado papel significativo na formação continuada, institucionalizando um espaço de compartilhamento, diálogo e convivência entre os educadores, com a integração dos três níveis de ensino. 
No dia 04 de Julho, ocorreu um Show de Abertura intitulado “Cuíca – Cultura, Inclusão, Cidadania e Artes” de Santa Maria/RS, após a Conferência de Abertura que teve como tema “O direito à aprendizagem e ao desenvolvimento humano nas novas diretrizes curriculares da educação básica no Brasil: expectativas e práticas possíveis”. O conferencista foi o Dr. César Nunes – UNICAMP.
No dia 05 de Julho, as atividades foram iniciadas por uma conferência com o tema “Afeto e Cognição nos Processos Criativos”, sendo o conferencista Dr. Mario Sérgio Vasconcelos – UNESP. Os pontos mais importantes de sua conferência foram:
·        Teorias interacionistas.
·        Criatividade e história.
·        Criatividade e desenvolvimento humano.
·        Criatividade na escola.
·        Criatividade e desenvolvimento, o mundo simbólico.
·        Concepção de sujeito.
·        Afeto e cognição em desenvolvimento.
·        Funções relativas ao brincar.
·        Reflexão sobre afeto e criatividade.
A segunda conferência foi ministrada pelo Dr, Ivan Izquierdo – PUCRS, tendo como foco “Muitas formas de Aprendizagem, Muitas formas de Memória”. Sendo os pontos mais importantes: os vários tipos de memórias, suas pesquisas realizadas com ratos de laboratórios, as questões que afetam a memória como, por exemplo, o Alzheimer. Falando sobre como o mundo é vasto e está cheio de oportunidades para a produção de memórias incidentais, nem todas boas, e os fatores que podem interferir nos mecanismos da persistência e da evocação são obviamente muitos. Falou que os docentes devem utilizar todos os novos conhecimentos provenientes da neurociência e da psicologia, para assim melhorar o ensino.
Na parte da tarde do mesmo dia, as petianas apresentaram quatro trabalhos. Sendo eles:
Eixo Temático: Educação e Gestão
·        A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR NA GESTÃO DEMOCRÁTICA
·        O CONSELHO ESCOLAR COMO FERRAMENTA PARA A GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA: EM ESCOLAS MUNICIPAIS DE JAGUARÃO/RS E ARROIO GRANDE/RS
Eixo Temático: Educação e Demandas Sociais
·        O PROGRAMA PELC EM JAGUARÃO/RS – UMA PERSPECTIVA DE CIDADE EDUCADORA
Eixo Temático: Docência e Formação de Professores
·      REFLEXÕES SOBRE A IDENTIDADE E AS PRÁTICAS DE PROFESSORAS JAGUARENSES
Após as apresentações de trabalhos ocorreu a conferência “Escola, Aprendizagem e Desenvolvimento Cognitivo: Contributo para uma Reflexão”, sendo o docente conferencista Dr. Rui Trindade – Universidade do Porto, Portugal. Durante sua conferência, afirmou que acredita que as escolas devem conhecer melhor o desenvolvimento cognitivo das crianças para formar melhores alunos. Segundo Trindade, esse processo passa pelo conhecimento da capacidade de raciocínio em diferentes etapas da vida pela valorização das estratégias e soluções encontradas pelas crianças. Na sua fala, afirmou que aquela escola pensada como espaço onde o professor tudo sabe e tudo ensina terá que acabar. Pois, é importante estabelecer relações de troca e interação com o meio.
No dia 06 de Julho, ocorreu uma Mesa Redonda com a temática “O que a Educação pode fazer pela Inteligência”, a mesa foi composta pela Ms. Bereneci Romanelli – IFPR e Dr. Guilherme Romanelli – UFPR, coordenada pelo Dr. Joe Garcia – Universidade Tuiuti do Paraná – Curitiba/PR. A mesa abordou discussões sobre as questões de como a inteligência pode ser desenvolvida, pois antigamente achava-se que cada criança já nascia com a inteligência “pronta” e a escola apenas a preencheria de conhecimentos. Essa é a razão da educação ter, durante muitos anos, dado ênfase na memorização, cópia e repetição exaustiva de conhecimentos. Cabendo assim aos professores e alunos, conjuntamente, identificarem as rotas de acesso individuais e proporem diferentes formas de aprendizagem e avaliação. As implicações educacionais do que foi discutido são, ao mesmo tempo, grandes e sutis. Melhorar as propostas pedagógicas para que se ensine, com base perspectiva mais ampla sobre inteligência-aprendizagem, requer que os professores se comprometam com o processo.
            Para encerrar o evento, foi realizada uma última conferência intitulada “O Que o Ensino Precisa Saber sobre a Aprendizagem”, ministrada pelo Dr. Egídio Romanelli – UFPR. Durante a conferência o conferencista argumentou: “crianças devem ser estimuladas para aprender”. O professor não “passa” informações, não “transmite” conhecimento, não “ensina”. O que faz é provocar, incentivar, disparar e possibilitar ao aluno a própria construção do conhecimento, a própria aprendizagem. Esse processo deve constituir as bases teóricas da ação consciente do professor mediador. Segundo Egídio, o professor precisa ter uma relação direta, pessoal, afetiva com cada aluno. Cada aluno é único, tem um nível de inteligência, um grau de motivação, um resultado de aprendizagem diferente um do outro. Esperar que toda uma turma seja nota dez é irreal, quando toda a turma vai mal é o professor quem fica reprovado. Sendo assim, o ensino só é significativo se o aluno aprender a aprender com autonomia.

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